Uff... finalmente um tempinho para aqui escrevinhar qualquer coisa. A viagem não correu mal, foi pior. Descolei de Lisboa a 29 de Fevereiro e o que sei é que o S. Pedro, a ser ele que como se diz comanda a meteorologia, deve ter acordado muita mal-disposto nesse dia, pois o temperal que se levantou na Alemanha fez com que o meu avião tivesse de andar em circulos a sobrevoar o aeroporto de Munique durante uma hora e meia à espera de autorização para aterrar - que só seria dada após serem reunidas as condições mínimas de segurança. E nem vos vou falar da turbulência. A aventura continuou depois da aterragem, quando o voo de ligação a Budapeste foi concelado e me vi obrigado a esperar numa fila durante três horas e meia, sem poder sair dali fosse para comer, ir à casa de banho ou eventualmente fumar um cigarro. Nada. Mas tudo se resolveu e lá se arranjou outro voo, para o fim da tarde. Cheguei a Budapeste inteiro e apenas três horas depois já seguia no bus para Novi Sad, onde cheguei eram quatro e meia da manhã - ou seja, vinte horas depois de ter saído de Lisboa.
Chegado, toca de dormir umas horinhas e bora mas é rever os amigos. Para no outro dia seguir para Sarajevo (mais sete horas de autocarro), onde me encontrei com a Mafalda, como ela já referiu. Achei a cidade deveras interessante. Os buracos de balas e as marcas de óbuses mexem cá por dentro, é impossível não ser assim. Muito embora não tivessemos tido quase tempo de explorar a cidade - porque o seminário SVE obrigou-nos a ficar no hotel a maior parte do tempo - fica a impressão de que Sarajevo é mesmo uma cidade com muito a explorar. Eu ainda fui dos que tive sorte, e na incursão à cidade (uma tarde apenas) fui acompanhado pela Jelena, uma rapariga local que nos serviu de guia e explicou as várias histórias que compõem a cidade. O maior marco sendo, claro está, o local onde o herdeiro do trono Austro-Húngaro, Franz Ferdinand, foi assassinado - local que deu início à primeira guerra mundial.
No seminário, propriamente dito, foi também muito engraçado. Ficámos a conhecer os mais de trinta voluntários que se espalham pelos Balcãns, ou seja, temos casas para dar, vender, trocar, ou arrendar, aqui na zona. De Skopje na Macedónia até Osijek na Croácia, ficam muitas pelo meio. Até no Kosovo. É só escolher.
Já nos dias de hoje, começou o trabalho. É verdade. Tem de ser e isto não é só andar dum lado para o outro a coleccionar carimbos no passaporte. Chegou a hora de começar a organizar os campos de trabalho que vamos desenvolver no verão aqui na associação e também a coordenar o envio de voluntários para outros países. Assim, por agora estamos a estabelecer contactos e a organizar mailing-lists. O que a bem dizer significa que, tal como eu receava, estou pouco a pouco a ficar com o rabo quadrado de tanto tempo sentado em frente ao computador, ao mesmo tempo que os olhos ficam em bico de tantos dados inseridos em folhas de cálculo/bases de dados. Enfim. Mas vai melhorar. Para a semana começa a Feira Anual aqui da organização, o que quer dizer que vamos ter muitas workshops, actividades infantis e palestras e acções ecológicas. Yupi! além de que vou ter de fazer uma apresentação sobre o SVE para uma boa centena de pessoas. Ando cá a pensar se devo levar gravata ou não... o que acham??
(não estou a conseguir adicionar fotos, depois deixo aqui algumas)
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